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Mais de 150 quebradeiras de cocos ocuparam o auditório da Secretaria Estadual de Administração (Sead) em protesto às derrubadas das palmeiras de babaçu e reivindicam a implantação da lei do Babaçu Livre. Elas protestam no Dia Estadual das Quebradeiras de Coco, 24 de setembro. 

Mulheres de mais de 10 municípios vieram a Teresina para denunciar o desmatamento e queimadas na região Norte do estado e pedir a regularização dos territórios tradicionais de quebradeiras de coco. 

Elas cantam, protestam e pedem respeito. Os secretários Emílio Júnior (Fazenda), Washington Bonfim (Planejamento), Núbia Lopes (Relações Sociais), Rejane Tavares (Agricultura Familiar) e representantes da Secretaria da Assistência Técnica e desenvolvimento agropecuária estiveram presentes no auditório.  

Durante audiência com os secretários, as trabalhadoras questionaram sobre as políticas do estado para a categoria. 

Helena Gomes, da Associação das Quebradeiras de Coco do Piauí, informou que no estado existem mais de 10 mil mulheres vivendo dos babaçuais e querem a execução da lei do Babaçu Livre. A lei de nº 7.888, de 9 de dezembro de 2022 e foi sancionada pela governadora Regina Sousa. 

Ela disse que as mulheres querem audiência com o governador. 

“Queremos pedir ao governador que crie uma comissão de monitoramento da lei Babaçu Livre e que o governo crie mesa de diálogos com as quebradeiras de coco”, disse.

A lei reconhece as quebradeiras de coco como patrimônio cultural do Piauí e prevê que o Estado deve destinar terras públicas para titulação de territórios de quebradeiras, criação de assentamento, livre acesso de quebradeiras em qualquer imóvel com babaçuais, seja eles, público ou privado. 

“As nossas pautas, não são de hoje. São pautas que gente já vem pautando há muito tempo. Queremos a regularização de territórios e que a possamos estar identificando esses territórios. A gente está pautando também para que o secretariado nos ajudar a conseguir identificar esses territórios, que são muitos”, disse.

Klesia Lima, uma das coordenadoras do movimento, afirmou que as pautas foram entregues às Secretarias e querem audiência com o governador Rafael Fonteles.

Washington Bonfim, que participou da audiência, se colocou à disposição para ser o interlocutor com as secretarias sobre as reivindicações da categoria.

A secretária Rejane Tavares garantiu que o orçamento 2025 há recursos para a cadeia do babaçu e se comprometeu a avançar nas pautas de reivindicações. Ela disse que vai dialogar com Adapi para ampliar as certificações e mais produtor serem vendidos nos supermercados. 

“No Piauí, há uma estimativa de mais de 30 mil mulheres na atividade do babaçu e me comprometo a colocar a cadeia como prioridade da Secretaria da Agricultura Familiar”, disse Rejane Tavares.  

Fonte/ Cidade Verde

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