O portal Br Hoje traz essa semana uma entrevista com o advogado e presidente da Subseção da OAB de Barras, Carlos Júnior. Na oportunidade o mesmo fez uma análise da advocacia piauiense e colocou o seu nome como pretenso candidato nas eleições para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Piauí, que acontece em novembro deste ano.
ENTREVISTA
Br Hoje: Como se deu a sua escolha pela profissão de advogado?
Carlos Júnior – A primeira inspiração veio do meu pai que é advogado e jornalista e segundo por que a profissão está intimamente ligada a política, eu gosto muito de política, de uma forma ou outra sempre estive ligado à política, nos bastidores, acompanhando, até por que venho de uma família de políticos no interior do estado do Piauí, mais precisamente de Barras e Esperantina. E em terceiro a advocacia é uma profissão apaixonante, é um meio que você tem de trazer as pessoas o reconhecimento dos seus direitos. Eu sempre procurei ser uma pessoa prestativa, procurando resolver o problema alheio. Nada é mais gratificante do que você trabalhar no dia a dia tentando trazer uma resposta positiva, no reconhecimento no direito de um cidadão.
Br Hoje: Neste ano, terá eleição para a OAB, o senhor pode sair candidato?
Carlos Júnior – Em torno de 10 anos eu participo da OAB, como membro de comissão das prerrogativas, membro de relação com o judiciário, acompanhando as campanhas ao longo do tempo e eu ainda estudante via meu pai sempre participando das ações da OAB. Sempre achei a instituição importante. Em 2018 participei como vice – presidente da Subseção em Barras em um mandato tampão de 10 meses e logo fui eleito presidente da referida Subseção, cargo que ocupo até hoje. Nos apaixonamos com o trabalho, nos envolvemos de forma tão assídua, dedicada, que a própria região do interior nos alçou a condição de ter um representante na Seccional do Piauí vindo do interior do Estado, algo novo, nunca visto. Nós apresentamos corajosamente o nosso nome, estamos sendo bem recebido por todo o interior do Estado do Piauí e pela advocacia da capital. Hoje temos 35% do eleitorado da OAB é oriundo do interior do Estado. E esses advogados clamam para ter um protagonismo de representatividade na OAB Seccional do Piauí. Coloquei o meu nome à disposição e seguirei até o fim com muita altivez, reponsabilidade e compromisso e todas as vezes levando ao crivo da advocacia piauiense.
Br Hoje: Quais os principais gargalos que os advogados enfrentam atualmente no exercício da profissão e que soluções podem ser apresentadas?
Carlos Júnior – O primeiro é as ações preventivas e repressivas na defesa veemente das prerrogativas de cada advogado no estado do Piauí. Com o número crescente de advogados, esses profissionais estão sendo apedrejados e por vezes desrespeitados. Nós não podemos esperar acontecer algo para poder responder. Precisamos de medidas preventivas, nós temos que levar uma comissão a todos os órgãos do Estado, da administração direta e indireta, ao Tribunal de Justiça aos órgãos ligado ao judiciário, ao Ministério Público. Precisamos tornar público as prerrogativas e deixar claro as sanções que são cabíveis para aqueles que desrespeitam essas prerrogativas. Temos que acompanhar as representações feitas até o final para trazer respostas habeas para a advocacia. Temos que lutar pelo jovem advogado, eles se formam, passam na Ordem e não tem oportunidade no mercado de trabalho. É preciso ampliar as portas da OAB e que eles tenham visibilidade na profissão. A advocacia do interior é esquecida, esses sim sabem, o que o advogado realmente sente na pele, como uma fila de Alvará para receber seus honorários, uma fila de RPV, entrar com um Mandato de Segurança e Habeas Corpus e esperar uma Liminar, passar o dia a dia todo no gabinete do desembargador para receber uma resposta. A advocacia do interior, é aquela que está mais perto das dificuldades, por isso eu clamo pela participação dessas pessoas que sabem sobre as dificuldades reais na OAB. Com esse conhecimento vamos trazer uma resolutividade maior. Amparar os advogados criminalistas, a sala da OAB na Central de Flagrantes é uma vergonha, nós precisamos de um espaço com estrutura para os advogados trabalharem da melhor forma. São várias as demandas que precisam ser revistas, principalmente as prerrogativas, jovem advocacia e advocacia do interior precisam ser assistidas de forma veemente para que a OAB realize um trabalho para a real necessidade da advocacia.
Da Redação / brhoje.com