O crack é uma droga presente em praticamente todos os municípios piauienses, segundo informações divulgadas pelo site Observatório do Crack. No entanto, as prefeituras de Teresina, Parnaíba e, pelo menos, outras quase 70 cidades não enviaram os dados para o organismo ligado à Confederação Nacional dos Municípios. O mapa de 2016 mostra que a droga avança no interior: 137 dos 224 municípios piauienses já têm problemas relacionados ao crack, sendo que 20 estão em situação mais grave. As cidades com alto nível de problemas relacionados ao uso da substância variam desde a capital do Estado até pequenos municípios como Morro Cabeça do Tempo e Baixa Grande do Ribeiro.
Entre as cidades piauienses onde o problema é mais recorrente estão Teresina, Altos, Campo Maior, Barras, Porto, Esperantina e Bom Princípio.
O delegado Menandro Pedro, titular da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE), declarou que nos últimos dois anos 355 gramas de crack foram apreendidas em operações da Polícia Civil do Piauí e que a droga é o principal indicador para o aumento da violência em todo Estado, pois qualquer crime afeta a sociedade trazendo a sensação de insegurança.
“A gente sabe quando as drogas entraram em algum município, quando percebemos que a violência está acontecendo. O número de furtos, assaltos e arrombamentos dispara, pois os dependentes precisam de dinheiro e bens materiais para conseguir a droga e assim os traficantes iniciam um mercado do tráfico no interior e na capital”, disse.
O envolvimento com o uso de drogas é o maior causador de violência e dentre as drogas ilícitas o crack é a que causa maior destruição, por conter alto poder de alucinação e rápida absorção. “É uma droga que vicia muito rápido, ela veio para acabar uma geração. Ela chegou e disseminou muito rápido e em todo o Piauí. É difícil dizer uma estatística de cidade por cidade no interior porque existem pequenas bocas de fumo”, acrescentou.
Jornal meio norte